É difícil começar esta carta dirigindo-me a você na condição de ladrão. Não dá para dizer “meu caro ladrão”. Nem mesmo “senhor ladrão” dá para chamá-lo. Não dá porque o ladrão não merece qualquer tratamento digno. Já basta o cinismo da prática de se chamar de “Vossa Excelência” contumazes surrupiadores do bem público. Pense no pior dos adjetivos. É como me dirigiria a você nesta “carta”.
Quero apenas lhe dizer qual é o sentido de sua ação. O ladrão é um ser abjeto, erva daninha, desprezível por sua condição de parasita de seres humanos que buscam seu sustento através do trabalho. É covarde; é sempre covarde porque, fraco, se apóia na mentira ou no poder da arma letal. Ou, como você, no anonimato do furto. Se não for patológico, o ladrão merece desprezo total e as pragas bíblicas.
O ladrão de livros-texto é o pior dos ladrões porque é burro: o livro acadêmico não lhe aufere bons lucros. Nunca havia ouvido falar de ladrão de livro acadêmico. Há casos de roubos domésticos, quando o gatuno leva aparelhos eletrônicos e outros bens de maior valor. Mas sempre os livros são deixados de lado porque não têm valor comercial. E não têm mesmo. Mas há sempre um burro para dar o exemplo.
Parabéns idiota!
Obrigado ao Luiz Antonio L. Coelho pelo comentário.
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